terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O Ceifador - QUE LIVRO, MINHA GENTE!

Olá, Devoradores de Livros!


Terminei mais um livro e ele é EXCELENTE! 
Li o "O Ceifador" de Neal Shusterman pela editora Seguinte. Eu já estava de olho por causa da capa e uma colega do mundo literário, Carina, disse em seu instagram que o livro era muito bom. Confiei na opinião dela e não me arrependo! Que livro!

O livro traz a história de uma sociedade vivendo uma utopia. (Ironia que uma distopia nos traga a ideia de utopia para conversarmos sobre as duas coisas, não acha?) A morte foi vencida, pois todos os problemas de saúde encontraram solução e uma inteligência artificial comanda tudo, a Nimbo-Cúmulo. Caso alguém morra, ela é levada para o centro de revificação e tudo voltará a ser como antes... ou até melhor! Pode-se voltar a ter a aparência de quando se tinha 25 anos, mudar sua aparência, fazer qualquer procedimento com o seu corpo...então, não há mais mortes. Pode se viver muito, 130, 200 anos, por exemplo. Mas como seria isso numa sociedade que só cresce? (porque morrer não acontece mais, porém os nascimentos sim) A morte dava o equilíbrio para não ter o  excesso populacional. Mas, na atualidade, isso faz parte do trabalho de alguns seres humanos nessa sociedade, os Ceifadores. Pessoas "especiais", especializadas em retirar a vida de algumas pessoas e assim manter o equilíbrio. Mas o que é necessário para ser um Ceifador? O que deve ter na mente desse grupo para que as mortes sejam "equilibradas" assim como a morte era na Era da Mortalidade?
Alguns acham que deveriam ter compaixão, mesmo ceifando vidas. Outros acham que não. Quem está certo? Será que essa sociedade avançada no futuro (em relação ao nosso) é perfeita? Incorruptível? 
Os dois jovens protagonistas - Rowan e Citra - se tornam aprendizes do ceifador Fareday e descobrem como esse grupo "especial" funciona e se são realmente especiais em seu jeito de coletar - ou como diriam na época da Mortalidade - assassinar. Muitas tramas, ação, uma pitada de romance pra nos deixar ainda mais nervosos... e uma análise não fica de fora: como nós seríamos se acabássemos com a morte e as doenças? Será que essa "Dama Morte", que é inevitável para nós, não é o motim para nos melhorarmos ou avançarmos intelectualmente e moralmente? Fiquei me perguntando a função da morte e o que aconteceria se ela não existisse mais e nós "vivêssemos" para sempre. O questionamento foi longo a ponto de levar para o grupo de discussão da instituição religiosa que frequento. Achei interessante pensar sobre a morte e, no caso do livro, sobre a possibilidade de não morrer, mesmo quando há suicídio. O que eu faria numa sociedade dessa? Estudaria muitas coisas? Ficaria entedia facilmente? Se não há morte para ninguém, o que nos motiva? Será que a humanidade não está contida na certeza que temos de que um dia a vida acaba? Pensamentos... pensamentos...

Acho que é válido compará-lo a Jogos Vorazes. Uma protagonista feminina forte, assim tanto quando o seu igual masculino. Personagens odiosos, personagens interessantes... o livro tem tudo para virar filme. TUDO! E teria sido ótimo ver Jeniffer Lawrence como Citra e Josh Hutchrson seria perfeito pra Rowan... mas infelizmente eles já são protagonistas da franquia Jogos Vorazes. Teriam que ser atores fortes como eles, pois a história é digna de estar lado a lado.

Espero que tenham ficado LOUCOS de vontade de ler o livro, porque eu ainda tô com ele na cabeça e ficarei ainda um bom tempo. E sentindo falta dos personagens!

Abraços,
Carla Luz

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