Terminei mais uma história e estou aqui para deixar vocês com fome de literatura!
A bola da vez é essa... "Uma dobra no tempo" de Madeleine L'Engle pela editora Harper Collins Brasil.
O livro tá com uma edição bem bonita, uma capa com espaço sideral, capa dura, com as folhas internas bem condizentes com o título e conteúdo - há constelações retratadas na parte interna.
A edição não é grandona, tem 237 páginas, mas a história mesmo tem menos. Nessa livro há, além da história em si, um discurso proferido pela autora quando ganhou a medalha Newbery em agosto de 1963. Foi interessante ler o discurso e depois há uma trajetória pessoal. Você passa a entender mais as motivações por trás do livro, o que acabou influenciando-a.
O livro vem nos contar a história de Meg e seu irmão Charles Wallace. Eles dois fazem parte de uma família com mais dois filhos e sua mãe. O pai está desaparecido, mas alguns dizem que fugiu e outras coisas piores como qualquer localidade com vizinhos fofoqueiros. Meg está na adolescência e com todos os problemas da época, mas isso não é muito explorado. Mostra logo de início o sentimento que ela possui pelo irmão. E também a grande sensibilidade que ele tem em "ler" as pessoas, principalmente Meg e sua mãe. Chegando algumas vezes a beira da advinhação, mas não é exatamente isso.
Elas encontram três senhoras bem diferentes e inusitadas que fazem com que a pergunta principal para eles (Onde está o pai?) volte a tona e eles partem para uma busca. Mas no meio disso tudo, questões importantes são analisadas, questionamentos são feitos e uma dobra no tempo é necessário para se chegar até o pai, mas isso é possível?
Eu gostei do livro. Achei que algumas motivações teriam outra resposta, mas lendo a biografia da autora, eu consegui perceber muito dela no texto. Não é um livro pra sair gritando aos quatro ventos como o melhor livro do universo, mas é um bom livro. Alguns conceitos científicos são difíceis de entender, então, acredito que os jovens dos bairros onde, infelizmente a educação não é dada no mesmo nível do que outros lugares, poderão ter dificuldade para entender algumas partes.
O livro traz algo positivo dentro dele. Acredito que é uma luta entre a negatividade e a positividade interna, sabendo que a última deve sempre vencer!
Espero que tenham ficado com curiosidade, principalmente porque o livro se tornará filme e terá estreia em março do ano que vem. Eu já estou curiosa, principalmente porque a Oprah está no elenco. E quero saber como eles farão algumas cenas no filme...
Não esqueça que temos um programa na Rádio O Brigadeiro Literário, chamado LiteraNews, onde falamos sobre livros, entrevistamos personagens... e falando sobre esse livro, conseguimos nos conectar com uma das personagens do livro. Espero que vocês gostem da maluquice que saiu!
Abração,
Carla Luz
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