segunda-feira, 12 de junho de 2017

Meus quinze anos - Luiza Trigo

Olá, Devoradores de Livros

Eu terminei mais um livro e venho aqui pra deixar algumas palavras pra vocês.

No sábado teve tarde de autógrafo com Luiza Trigo, que escreveu o livro "Meus quinze anos" que sairá no cinema em breve. Eu já sabia que não seria um livro muito a minha cara, mas acredito que devemos valorizar o que há no nacional e também porque acho que os leitores da Bicicloteca Malala (projeto de leitura do meu bairro - se você não conhece, tá aí a oportunidade: Bicicloteca Malala ) irão gostar do texto.

Mas eu, sempre que possível, gosto de ler o livro antes de colocar no acervo da Bicicloteca. Fui ler. 
O livro conta a história de Bia, que está prestes a fazer 15 anos (Dãããã) e isso tem tomado seu tempo, seus pensamentos e também de suas amigas. Ela é estudiosa e considerada nerd por muitas pessoas da escola. Tem um melhor amigo e uma quedinha pelo bonitão da escola. Tudo se desenrola centralizado no grande dia, o dia da festa dela e do desenrolar físico e emocional antes, durante e depois da festa.

A minha opinião... bom, é um livro para meninas bem jovens. Eu já passei da idade. Na verdade, eu nunca tive o perfil que a jovem do livro tem, nunca tive a perspectiva de fazer festa de aniversário. Em realidade, só de pensar na possibilidade eu tinha arrepios de nervoso! (ainda tenho!). A linguagem é simples e fácil. Não há palavras mirabolantes, nem construções frasais complexas. Simples de ler, bom pra quem tá querendo começar a pegar o gosto por um livro um pouco mais grosso do que aqueles iniciais da escola. Não há nada de errado com a escrita de Luiza, só não faz o meu estilo. Acredito que cada um tem um jeito de escrever e uma área que gosta mais, se identifica mais... Acredito que possa ser uma questão de personalidade... na descrição da autora diz que ela "adora grandes festas, de todos os tipos (formaturas, casamentos, bodas)". Eu sou o TOTAL oposto! Fujo de todas as grandes festas, tenho crises existenciais horríveis nas festonas que sou obrigada a ir e se for possível até invento uma dor de barriga. Talvez esse seja um dos motivos do meu "não gostar exatamente" da história. Outro é que eu nunca me comportei como a Bia... só no fato de gostar de ler, de ir ao cinema... Mas nunca fui de ter amigas meninas pra cima e pra baixo, falando "ai, amiga"... esse já era (e ainda é) um fator que acaba me afastando das amizades femininas... Sempre fui a nerd da turma, juntamente com mais uns cinco meninos nerds, mas que falava com todos da sala e fazia competição de quem tinha mais cabelo na perna! (sim, loucura). Nunca fui "A menininha" (acho que minha mãe é frustrada com isso porque até hoje não sou... rs). Então... toda a história não faz o meu perfil. Por isso... o problema sou eu! Não exatamente o livro, a história, entendem? Foi o mesmo problema que encontrei com "Fazendo meu filme" da Paula Pimenta... não faz parte da minha realidade (ou teria feito se eu tivesse lido o livro com 15/16 anos)... Eu era a garota com um violão, tocando Legião urbana, lendo poemas depressivos, mas que tinha amigos meninos que deixavam eu olhar a Playboy pra ver como era (curiosidade) enquanto ouvíamos Nirvana e Red Hot Chilli Pepper... 
Não é um livro pra mim. Não é problema com a autora, que foi muito simpática e atenciosa com todos na fila. Não é exatamente um problema com a escrita, porque não há erros... só não é tão profundo quanto eu gostaria, quem sabe seja por causa do público que se destina...
E, bom... eu não gosto de festa de 15 anos! Nunca quis e nunca gostei de ir em nenhuma... mesmo nas das pessoas que eu gosto e fui "obrigada" a ir... 
E esse discurso de "só se faz 15 anos uma vez" não cola pra mim. Ou por acaso você fez 16 duas vezes? Não né? Respeito quem gosta de festa. Você gosta? Ótimo, seja feliz. Se não me chamar pra sua festa de 15 anos (daquelas pomposas, cheias de coisinhas e protocolos todos iguais) eu fico imensamente feliz.
Mas se sua comemoração de 15 anos for num rodízio de pizza, for na sua casa com um bolinho simples, coxinha, bolinha de queijo com refrigerante e os amigos (poucos) conversando e falando besteira... pode me chamar que eu vou com o maior prazer!

Tá com vontade de ler o livro? LEIA! Não é ruim, é fluido. Fácil e rápido de ler.
O problema na verdade é comigo! huauhahuahua
Mas isso também não é novidade nenhuma!

Abraços,
Carla Luz

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