sexta-feira, 22 de setembro de 2017

13 - Sorte ou Azar - SPOILER! SPOILER

Olá, Devoradores de Livros!

Terminei de ler o livro "13" de FML Pepper pela Editora Galera. Comprei o livro durante a Bienal do Livro e consegui o autógrafo também. A autora é SUPER simpática e muito calorosa e divertida com todos. 

ALERTA DE SPOILER! ALERTA DE SPOILER! 

O livro nos conta a história de Rebeca. Ela é uma ladra com especialidade em computadores, isto é, ela é uma haker. E das boas. Mas isso a coloca em apuros! Seu pai morreu cedo e vive somente com sua mãe (que também é boa nessas coisas de "mão leve"). Essa vida "meio louca" a faz ficar nas mãos de um agiota francês, Jean Pierre. Rebeca não acredita em sorte, Deus, azar e nada sobrenatural. Somente nos números e estatísticas. Mas nesse meio tempo, ela acaba encontrando uma cartomante que faz algumas previsões para ela antes do grande golpe que irá melhorar sua vida e de sua mãe (que estão com a corda no pescoço por causa do agiota). Algumas são bem sinalizadas e outras enigmáticas. Mas a principal é: o seu grande amor será o 13° namorado. 
Daí por diante é uma coisa muito engraçada, pois ela conta todos os que já teve e quando chega entre o 12° e o 13°... seu coração fica inicialmente balançado por dois caras. E dois caras incríveis! Eric é lindo, rico e boa gente. E não é um disfarce! Eu achei que no final do livro ele fosse se revelar capanga do agiota, filho, primo... mas não. Tudo bem. Ele era bonzinho mesmo.
E o outro.. ah! Karl... gente! Que homem! Que homem! Eu nunca pensei que fosse sentir atração por um personagem que está no mundo do MMA. Eu ODEIO MMA e nunca pensei que fosse ficar balançada por um personagem que vive esse mundo!
Um fato interessantíssimo do livro é:  A narrativa não "feminina" do livro. Geralmente encontramos livros de romance que são feitos por mulheres, na linguagem tipicamente dita como feminina e que acaba não agradando tanto assim os homens. Tudo é feito no ângulo feminino, com o jeito de pensar feminino. Acredito que isso afaste os homens. E não tô falando de linguagem nos clichês tidos como femininos - diminutivos, muitas coisas melosas, frases de amor arrebatadoras...
Rebeca não é a "feminina" do sentido doce que você acaba encontrando em alguns livros. O livro é narrado pelos olhos de Rebeca e Karl e a diferença é interessantíssima! Nos capítulos narrados por ele, a testosterona rola solta. Nunca senti tanta masculinidade (no clichê dela, mas sem machismo) nas cenas. Parecia que eu estava do lado dele, sentindo seu suor, seus músculos contraídos, seus olhares, suas dúvidas.. Nossa! Quero mais livros assim! Escrito por mulheres e por homens! Por favor, façam livros assim!
Quando eu estava na metade do livro, eu fiquei tão nervosa com a possibilidade do final não ser o que eu queria que fui olhar algumas resenhas pra procurar por spoiler. Sim, eu tenho esse distúrbio mental. Aí encontrei uma que reclamava (acho que foi a única), pois ao final, a personagem que é descrente, passa a acreditar em Deus. E esse é todo o esquema da cartomante: fazer ela acreditar em Deus. É algo inusitado. Não ficou ruim, mas não era exatamente isso que eu estava esperando. E por isso eu entendo o desagrado da leitora, exatamente por que ela é ateia e não gostou desse final "crente". Eu não fiquei 100% satisfeita com o final, confesso. Mas até que o livro no total foi muito bom! E a narrativa pela visão masculina foi perfeita! 

Desculpem pelos spoilers, mas esse era um ponto que eu precisava tocar, pois foi um que não me agradou 100% e eu vi que mais uma pessoa (pelo skoob) também não gostou... acabei concordando com ela. Só que ela infelizmente desgostou bem mais por isso.

Apesar do meu spoiler, acredito que vale muito a pena ler esse livro. Os momentos de romance entre os dois... ui! Nossa! Pega fogo! Eles são brasas que quando se juntam... nossa senhora! E os pensamentos deles entre as falas são muito bons, eu gostei particularmente disso.
Acredito que quem gosta de romance vai gostar de mais esse aqui, com uma pitada de sorte (ou azar!)

Espero que curtam tanto a resenha quanto o livro!

Abraços,

Carla Luz

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