quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Criaturas e Criadores - Draccon, Munhóz, Frini e Montes

Olá, Devoradores de Livros!

Terminei mais um e venho trazer para vocês o que achei do livro de hoje. E o brigadeiro da vez é "Criaturas e Criadores", livro de Raphael Draccon, Carolina Munhóz, Frini Georgakopoulos e Raphael Montes e é editado pela Record (precisei pesquisar como escrever o nome da Frini sem errar... não tem jeito! rs).

O livro está muito bonito. É todo roxo, letras douradas brilhosas (um luxo!) e capa dura. Bonitão. Por dentro, na Guarda, tem uma luminosidade meio cobre com ilustrações brancas de teias de aranha com pequenas araínhas. A ilustração da capa traz o título num hexágono e nas beiradas (já que o livro é um retângulo) têm olhos representando os clássicos nos quais esses contos foram baseados. Então temos os olhos do Fantasma da Ópera (pela Frini), do Médico e o Monstro (por Raphael Montes), do Frankenstein (por Raphael Draccon) e Drácula (pela Carolina Munhóz), apesar de não ser essa a ordem de dentro do livro (lá é Draccon, Munhóz, Frini e Montes).



Eu fui lendo sem muita pressa e os contos não são complexos, rapidamente terminei um, dois, três... quando vi já estava no último. 
Os quatro contos são bons. Bem escritos e sem problemas de narrativa, erros ortográficos, essas coisas. Não vi erros de edição (que às vezes escapam), principalmente pela editora ter um grande nome e ter um olho atento sobre isso. O meu livro, eu achei que o miolo ficou um pouco... como vou colocar?... Um pouco solto. E olha que eu não fiquei arreganhando o livro. Então achei que se for muito manuseado, pode se soltar. Fiquei com esse medo. E sinceramente espero que seja um defeito somente no meu exemplar e não na linha toda de produção.
A primeira história é escrita por Raphael Draccon já muito conhecido por seus livros de fantasia (que eu tenho 3 e um ebook). A história diz sobre um ser criado e que está morando na favela. Ficamos intrigados com que ser é esse, quem ele é, como foi feito e seu criador também. Eu achei o ritmo MARAVILHOSO! Acelerado! Porque tem perseguições, então me senti correndo junto dos personagens. Foi meu conto favorito. Achei que é digno de estar na netflix como um filme. Seria muito legal mesmo! Pra mim a ação se sobressaiu ao terror. E eu não esperava aquele final, foi genial! GE-NI-AL!
A segunda história é escrita por Carolina Munhóz, conhecida por suas histórias com Fadas (desculpe se estou sendo simplista, mas fica mais fácil identificá-la). É a história de um ser mítico que resolveu montar uma boate no Brasil. Achei um tanto semelhante, nessa parte, com o seriado Lúcifer (onde o capeta - LINDO-DE-MORRER-TODO-GOSTOSO-EU-PEGAVA) abre uma boate nos EUA (tô vendo o seriado aos pouquinhos). O conto é legal, tem uma pegada sensual. Mas não é o meu preferido. Um fato que eu gostei muito, foi ligar essa história com a primeira. De uma maneira sutil, mas teve uma certa conexão. Na hora que percebi dei uma risada alta e tive que explicar pro meu pai sobre isso. (Acho que ele não entendeu, mas... deixa pra lá)
O terceiro conto retoma a história do Fantasma da Ópera para os dias de hoje. Achei interessante e uma transposição legal, o fato de que, na história original (perdão, eu só vi um filme e sei que a Frini não gostou da versão com Gerard Butle, mas eu amei rs), o fantasma stalkea a garota, sabe de todos os seus passos e nessa história também. Ficou bem interessante. Achei que o conto ficou longo, principalmente se compararmos com a quantidade de páginas dos outros. O fator "Raul" foi algo bem legal que deu um "tchã" muito bom na história. Enquanto o texto do Draccon pisou na ação, da Munhóz pisou na coisa meio gótica-sexy, da Frini ficou sendo romântica. 
O quarto texto e o que eu estava esperando mais ansiosamente é o do Raphael Montes. Esse sim, fez jus certinho ao subtítulo do livro "Histórias para noites de terror". O texto traz um homem que é dentista (aí ferra com o meu psicológico que já tem medo de dentista... e eu tô na fase de fazer um tratamento... vou ter que contar pro Fernando da história... pelo menos não é o mesmo nome do personagem!) e tem alguns momentos em que não se lembra exatamente onde estava e o que fez. Aí é que mora o monstro. Mas será que é só aí mesmo? Há uma jogada de linguagem que não damos atenção nas primeiras páginas, mas que são retomadas ao final. Me fez ir no início de novo pra ter certeza de que eu tinha lido certo. Na verdade, li certo, só não me liguei nos pequenos detalhes. Não foi o final que eu estava esperando exatamente, mas deu medo. Me lembrou um pouco o livro "O sorriso da Hiena" de Gustavo Ávila. Não vou dizer o motivo, leiam os dois livros pra tentar estabelecer essa conexão. Eu queria dizer mais, porém tenho receio de dar algum spoiler e eu ter uma morte horrenda por aí como se fosse um acidente huahuahuahuahuahua.
Apesar do texto do Raphael Montes ser o mais assustador (o homem sabe mexer com o medo e nos deixar apreensivos e ansiosos, eu quase me atrasei pro trabalho por causa dele! Se eu ganhar impontualidade, vou colocar a culpa nele! O problema é que minha diretora não vai entender ou acreditar),  ser o mais enquadrado para a proposta do livro, eu fiquei maravilhada com o texto do Raphael Draccon. Há as questões íntimas do conto original (será que dá pra criar vida? Se sim, seremos deuses? E a criatura, no que se torna?) levadas para a contemporaneidade, mas a ação e o ritmo acelerado foram fantásticos! Eu adorei! Juro que me senti correndo junto, me escondendo pra não morrer no meio da confusão toda! Sensacional.

O livro todo é muito bom. Acho que a galera que gosta de terror, suspense, ação, romance com um toque de sensualidade vai gostar. Há um cardápio variado para agradar o paladar de um grande número de leitores (nossa, falei assim e nem li ainda "O jantar secreto" do Raphael Montes). 
Espero que eu tenha deixado vocês com fome de leitura! Com água na boca! Bon appetit!

Abraços,
Carla Luz

Um comentário:

  1. Ah que resenha maravilhosa <3 , se eu já queria ler o livro imagina depois de ver a sua opinião <3

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